Mahatma Ghandi, líder pacifista indiano do século passado, ensina:"Seja a mudança que queira ver no mundo." Penso que agora estou começando a atender essa pequena frase sintetiza um grande ensinamento. A maneira como venho compreendendo é através da prática. Mas, como? Vou tentar dar um exemplo.
A ascensão da ecologia
Vive-se hoje uma febre da ecologia. Esse não é um debate novo, pois pelo menos desde a década de 70 existe o debate sobre a maneira que o homem vem aproveitando os recursos naturais do planeta. Desde aquela época - antes ainda de eu nascer - já se tinha consciência que a maneira como as coisas estavam indo na economia poderiam levar a um esgotamento dos recursos naturais no planeta.
Hoje em dia ecologia parece ser o assunto preferido nos departamentos de marketing das grandes empresas, por isso, parece ter virado um assunto popular. Vê-se falar em ecologia até nos anúncios publicitários. O assunto agora é um argumento a mais utlizado pelas empresas para divulgar o seu produto. Todavia, não penso que isso seja de todo modo ruim. Penso que seja bom que as pessoas liguem a TV e encontrem programas sobre o assunto, ou ainda que no supermercado possam escolher produtos com selos ambientais.
Outro dia mesmo, zapeando pelos canais da televisão assisti no canal TV Senado uma reportagem muito bom sobre a produção orgânica de alimentos. Com entrevistas de diversos técnicos e profissionais da EMBRAPA e com belas imagens de fazendas que utlizam o sistema orgânico de produção de alimentos. Porém, assistir TV é um ato muito passivo. Você assisti ao programa, fica fascinado com todas as técnicas e conceitos, depois muda de canal e começa a se entreter com alguma bobeira qualquer.
Da passividade para a atividade: separando e reciclando o próprio lixo.
Por exemplo, hoje é segunda-feira. Em Goiânia, e no meu bairro, dia da prefeitura recolher o lixo residencial. Eu sempre tento reduzir ao máximo a quantidade de lixo que coloco para fora de casa. Moro em um república com mais 4 amigos, e a questão da separação do lixo tem sido um desafio semanal. Como fazemos isso? Na cozinha temos duas lixeiras. Uma para resíduos orgânicos e outras para rejeitos inorgânicos.
A primeira é menor, e esvaziamos pelo menos duas vezes ao dia, quando levo os restos de alimento para a nossa composteira no quintal. Basta jogar os restos de alimento, cobrir com um pouco de terra e folhas, e em poucos dias aquela matéria orgânica se decopõe e você tem um bom material para adubar as suas plantas.
A outra parte do lixo é a mais complicada. Eu procuro não beber refrigerantes, mas meus colegas de casa bebem. A quantidade consumida por eles para mim é um absurdo. Bebem em média uma garrafa pet de 2L por dia. Isso resulta que no final da semana temos cerca de 7 a 10 pets vazias no quintal. Separamos essas garrafas e procuro dar um destino a elas diferente da lixeira da porta da minha casa. Há um tempo atrás, seu Raimundo, um catador de material reciclável aqui do bairro passava na porta da nossa casa e recolhia as nossas garrafas PET. Ele deu uma sumida nesses últimos dias. Por isso, a partir dessa semana vou entregar as garrafas para uma amiga que sabe fazer bancos estilo puff com as garrafas. Ainda estou esperando para ver como é, e quem sabe aprender e ter um banco novo para a nossa casa.
Além das garrafas de plástico, costumo separar mais três itens. Os dois primeiros são as latinhas de alumínio e garrafas de vidro que são resíduos das festas que ocasionalmente na república. E o terceiro item são as embalagens tetrapak das caixas de leite e molho de tomate resíduos da cozinha. Sempre que tenho uma quantidade boa desses itens, procuro levar para um dosPontos de Entrega Voluntária para a coleta seletiva de lixo, da AMMA, a Agência Municipal de Meio Ambiente.
Pois então, esse é a maneira como tento lidar com ecologia na minha casa. São atitudes simples, locais, mas que somado a sua atitude podem ter um efeito global.