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24 de fevereiro de 2010

Cercas para proteger a barragem do João Leite

Por Márcio Fernandes, no jornal HOJE (24/02/2010)

O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Severino de Carvalho, vai requisitar da empresa estatal Saneamento de Goiás S.A. a construção imediata do alambrado destinado a proteger o reservatório da Barragem do Ribeirão Leite. De acordo com o delegado, a cerca deve ser posicionada a 200 metros do que será a quota máxima da lâmina d'água e deve cobrir um perímetro envolvendo 4.152,62 hectares. “A obra é imprescindível para proteger o reservatório e dissuadir as autoridades e a sociedade de qualquer tentativa de uso múltiplo do local, a exemplo de finalidades recreativas de balneário, navegação e pesca.”

O delegado também vai requerer da Saneago um plano de proteção do reservatório em relação ao transporte de cargas perigosas contendo combustíveis e produtos corrosivos na BR-060, uma vez que a lâmina d'água penetra em quatro pontos da autopista que liga Goiânia à Anápolis. Luziano Severino de Carvalho já instaurou 50 Inquéritos Policiais para investigar danos ambientais na sub-bacia do Ribeirão João Leite referentes a desmatamento ilegal de nascentes, contaminação do manancial por agrotóxicos, esgoto orgânico e resíduos derivados de lixões.

O delegado advertiu ainda que a “Dema vai estar também atenta para evitar que as áreas vizinhas do reservatório sejam objeto fácil da ganância da especulação imobiliária a fim de evitar qualquer impacto de adensamento urbano na área”. A assessoria de imprensa da Saneago informou que uma parte pequena do alambrado está pronta e que a estatal já concluiu o processo licitatório para completar a obra. De acordo com as informações da Assessoria, o início dos trabalhos está condicionado à assinatura do contrato, o que deve ocorrer nos próximos dias. “Não existe atraso na execução da cerca”, salientou Bruno Rocha.

A assessoria informou ainda que o alambrado será construído conforme “os critérios ambientais do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um dos financiadores da Barragem do João Leite. Sobre o plano de monitoramento do transporte de cargas perigosas, o assessor informou que a iniciativa, a exemplo da cerca, faz parte de um conjunto de 34 medidas ambientais previstas para a proteção do reservatório e que também se encontra em fase de contratação.

25 de novembro de 2009

Conheça o trabalho da entidade ambiental Vale Vivo

 

Conheça, através deste video, o trabalho da entidade ambiental Vale Vivo, que atua em prol da preservação do meio ambiente na Aréa de Proteção do Ribeirão João Leite, região onde está localizada o Núcleo Mestre Manoel Nogueira e a Novo Encanto - Monitoria 60

16 de junho de 2009

MP propõe medidas para proteger APA do João Leite

A Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico participou da reunião coordenada pelo Ministério Público, visando a adoção de medidas para proteger a APA do Ribeirão João Leite. Entre as medidas propostas está a criação do programa Produtor de Água.

Reunião realizada no dia 15/6, na sede do Ministério Público de Goiás, definiu a institucionalização e regulamentação nos próximos dias, no âmbito da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), do programa produtor de água. Iniciativa proposta pelo MP, o programa prevê o pagamento pelos serviços ambientais prestados por proprietários rurais na preservação dos cursos hídricos. Num primeiro momento, o foco do projeto é a proteção às nascentes que formam a Bacia do Ribeirão João Leite, tendo em vista a formação do reservatório que vai abastecer mais de 1 milhão de pessoas em Goiânia e municípios vizinhos.

Segundo a coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MP, Sandra Mara Garbelini, a institucionalização do programa pela Semarh será feita por instrução normativa. O trabalho de regulamentação terá a participação direta e o apoio do Ministério Público e deve ser concluído até o fim de julho. A partir da oficialização do programa, explica a promotora, recursos oriundos de termos de ajustamento de conduta (TACs) e de multas por infrações ambientais, entre outras fontes, podem ser direcionados para o projeto. A institucionalização também possibilita a captação de financiamentos externos, como, por exemplo, recursos do Ministério do Meio Ambiente, da Agência Nacional de Águas, de organismos internacionais, de organizações não governamentais (ONGs).

Outro ponto definido na reunião foi a priorização dos recursos do programa para a proteção imediata das nascentes do João Leite, tendo em vista a situação de degradação em que elas se encontram, conforme apontado em reportagem publicada no dia 4 pelo jornal O Popular. O objetivo é incentivar a recuperação urgente dessas áreas de forma a assegurar a qualidade da água que vai servir para o abastecimento da população.

A próxima reunião ordinária do grupo de trabalho criado para implantação do programa produtor de água foi agendada para 20 de julho. Participaram do encontro pelo MP, além da coordenadora do CAO, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura; as promotoras Marta Moriya Loyola e Elaini Trevisan, e o técnico ambiental Juber Henrique Amaral. Estiveram presentes ainda o secretário estadual do Meio Ambiente, Roberto Freire; o presidente da Agência Goiana de Regulação, Wanderlino Teixeira; o secretário das Cidades, Paulo Gonçalves de Castro, além de representantes da Saneago, da Secretaria Estadual de Agricultura, da Agência Municipal do Meio Ambiente, de ONGs, equipe técnica da Semarh e alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Fonte: www.mp.go.gov.br/ - Texto: Ana Cristina Arruda – Fotos: João Sérgio/Assessoria de Comunicação Social)

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4 de junho de 2009

Nascentes do João Leite agonizam


Ação da polícia civil identifica falta de proteção em 90% das nascentes da bacia do João Leite

Almiro Marcos - O POPULAR - 04/06/09

Cerca de 90% das 150 nascentes da Bacia do Ribeirão João Leite estão desprotegidas ou sofrendo grave ameaça. Os problemas incluem desmatamento, lançamento de esgoto, erosões e existência de lixões nas áreas de nascentes. A constatação é da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), cujas equipes circularam, durante três meses, pela bacia.

Os impactos verificados na bacia levaram a Dema a identificar 40 dos principais agressores dos córregos. Eles foram indiciados por crimes ambientais diversos e os relatórios encaminhados ontem para as comarcas de Goiânia, Goianápolis e Anápolis. “Se fôssemos mais a fundo identificaríamos muito mais. Mas estes indiciados servirão como exemplo para os demais”, explica o titular da Dema, Luziano Carvalho.

Além das atividades potencialmente poluidoras existentes ao longo da bacia, como cultura de tomate, agropecuária e suinocultura, também foi registrada a ausência de mata ciliar em todos os córregos. Um dos desafios dos órgãos ambientais, segundo a Dema, é encontrar caminhos para a recuperação das áreas de proteção permanente (APPs).

A Delegacia do Meio Ambiente aponta como preocupação especial as cabeceiras dos córregos. No conjunto de nascentes do Ribeirão João Leite apenas a principal foi recuperada. Ela fica na Serra do Sapato Arcado, em Ouro Verde. As demais nascentes estão desprotegidas e correm risco de ficar ainda mais degradadas.

Erosão

A situação se repete em todos os municípios da bacia. Em Goianápolis, por exemplo, foi identificada uma erosão de 300 metros de comprimento, sendo que no ponto mais profundo tem 20 metros e no mais largo 80 metros. A voçoroca fica na nascente do Córrego Fundão.

A terra que é levada pela água assoreou uma represa localizada abaixo e já está aterrando outra. O buraco está a pouca distância de dois bairros e só foi descoberto pela Secretaria de Meio Ambiente do município há dois meses.

Porém, informações de moradores indicam que a erosão existe há 20 anos. “Eles nos disseram que o buraco cresceu mais a partir do asfaltamento de dois bairros, que canalizam água de chuva para cá”, disse o secretário de meio ambiente, José Divino Costa.

Luziano Carvalho diz que o ribeirão merece atenção especial por conta da sua importância para a capital e corre o risco de comprometer o projeto de abastecimento de água. A barragem que vai formar o reservatório de água de Goiânia fica no manancial e deve ser fechada a partir de setembro deste ano.

A lista de 40 agressores da bacia traz principalmente empreendimentos que funcionam sem licença ambiental e outros que estão poluindo. Na relação estão postos de combustível, suinocultores, piscicultores e proprietários de lavouras, além de pessoas físicas que construíram em áreas de preservação ambiental.

Degradação ameaça água da barragem

A barragem do Ribeirão João Leite, cuja represa vai ser responsável pelo abastecimento de água da capital, está com 99% das obras civis prontas. A informação é da área de engenharia da empresa Saneamento de Goiás (Saneago), responsável pela obra.

A expectativa é que em setembro deste ano seja iniciado o enchimento do lago. “Já requisitamos até mesmo a licença para operação na Secretaria de Meio Ambiente”, explicou o fiscal das obras da barragem, engenheiro Caio Antônio de Gusmão.

Ele salientou que a Saneago possui um levantamento a respeito da degradação na bacia e que existem vários programas ambientais a serem implantados. “Sabemos que a qualidade da água aqui na barragem vai depender de toda a bacia”, considera.

29 de maio de 2009

Falta de preservação ameaça bacia do João Leite

Erosão de 300 metros de comprimento em Goianápolis mostra riscos que enfrenta a qualidade da água da barragem da Saneago

Almiro Marcos - O Popular - 29/05/09

Conforme se aproxima a data para o represamento das águas para a formação do lago da barragem do Ribeirão João Leite (previsto para setembro) cresce a preocupação com a preservação da bacia. Afinal, qual é a qualidade da água que vai abastecer o lago? O que é verificado em vários municípios mostra que a situação é preocupante. Nesse sentido, a Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) vai apresentar na próxima segunda-feira a lista dos 50 maiores poluidores da bacia.

Um dos exemplos da situação ocorre em Goianápolis, a 30 quilômetros da capital, onde uma erosão na nascente do Córrego Fundão compromete a água que é levada para o João Leite. O buraco fica a poucos metros da zona urbana e tem proporções de 300 metros de comprimento por 80 de largura (no ponto mais largo) e chega a atingir mais de 20 metros de profundidade. Á água corre sem parar no fundo da erosão.

Somente há dois meses a erosão, próxima a dois bairros, chegou ao conhecimento do secretário local de meio ambiente, José Divino Costa. “O asfaltamento de dois bairros pode ter aumentado a quantidade de água que é jogada aqui”, explicou. Ele disse que as informações são de que a erosão teria pelo menos 20 anos de existência. “Mas parece que cresceu mais nos últimos anos”, diz.

O material que é carregado pelas águas já foi responsável por aterrar uma represa logo abaixo e já está fazendo o mesmo com outra. Os resíduos vão seguindo adiante até chegarem ao João Leite. “Temos preocupação com a preservação dos córregos, pois isso pode influenciar diretamente no lago. Ações já estão sendo feitas nos municípios da bacia”, diz o engenheiro Caio Gusmão, fiscal de obras da barragem da Empresa de Saneamento de Goiás (Saneago).

A Polícia Civil já tem listados 50 agressores ambientais dos córregos da bacia do ribeirão que vai formar o lago para abastecimento da região metropolitana de Goiânia. A situação verificada é praticamente a mesma que foi apontada por um diagnóstico feito sobre a Área de Proteção Ambiental (APA) do João Leite.O relatório indicou ameaças na bacia como lançamento de esgoto sem tratamento, uso de intensivo de agrotóxicos e falta de preservação das nascentes, dentre outros. O estudo coloca a qualidade das águas da bacia sob suspeita.

17 de maio de 2009

MP apresenta Projeto do Ribeirão João Leite e convida órgãos públicos para parceria

Ministério Público apresenta projeto em defesa da APA do Ribeirão João Leite, região onde está localizada a barragem do lago que vai abastecer Goiânia

Estabelecer uma parceria entre diversos órgãos públicos para construir uma proposta de atuação integrada com o objetivo de prevenir riscos e impactos ambientais na Bacia do Ribeirão João Leite, de forma a garantir a qualidade da água que será fornecida a 1 milhão de pessoas a partir da inauguração da barragem no manancial. Essa foi a finalidade de reunião realizada na sexta-feira (8/5) pelo Ministério Público de Goiás, com a participação de representantes da Saneago; das Secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, de Agricultura, de Cidades e da Fazenda; da Agência Goiana de Regulação (AGR); da Procuradoria-Geral do Estado; da Assembleia Legislativa e do Ministério Público Federal (MPF).

A importância dessa soma de esforços na defesa do meio ambiente – e que deve abranger também a sociedade – foi um dos pontos convergentes do discurso dos participantes do encontro. Em sua fala na abertura da reunião, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura, destacou que essa nova forma de atuar, embasada na parceria, na interação e no diálogo, vem sendo buscada pelo MP como uma alternativa mais eficaz aos métodos judiciais utilizados anteriormente. “Para conseguirmos resultados melhores, precisamos fazer diferente”, aconselhou, ressaltando que o projeto que seria apresentado não era um “projeto do MP, mas sim um “projeto de Estado”.

Coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) do Meio Ambiente e responsável pela apresentação do projeto, a promotora Sandra Mara Garbelini também ressaltou a importância do trabalho integrado, observando que, atualmente, na proteção do meio ambiente, não é mais admissível que cada órgão aja de forma isolada.

Projeto produtor de água

Ao detalhar o projeto institucional concebido para a Bacia do João Leite, a coordenadora do CAO do Meio Ambiente apresentou uma sugestão concreta de trabalho conjunto entre as instituições e que também vai envolver a sociedade: o projeto produtor de água. Baseado nas experiências bem-sucedidas das cidades de Nova York (EUA) e Extrema (MG), a proposta do MP prevê o desenvolvimento de ações de conservação da água e do solo nas microbacias que integram o sistema do João Leite, contemplando, entre as medidas protetivas, o pagamento pelos serviços ambientais prestados pelos proprietários rurais na preservação dos cursos hídricos.

Sandra Mara explicou que o projeto nasceu da preocupação dos promotores que atuam nos municípios abrangidos pela Bacia do João Leite – Goiânia, Anápolis, Teresópolis, Goianápolis, Nerópolis, Campo Limpo e Ouro Verde de Goiás – com os impactos ambientais decorrentes da construção da barragem, obra concebida com o objetivo de ampliar o fornecimento de água à população da capital e cidades vizinhas. Diante disso, surgiu a ideia de estruturar um projeto de atuação conjunta com a finalidade de combater as fontes poluidoras, exigindo-se o cumprimento da legislação ambiental em vigor, bem como o estabelecimento de parcerias para a proteção eficiente do manancial.

O estudo que resultou dessa pretensão, detalhou a coordenadora do CAO, levou à concepção dessa proposta de atuação integrada com as instituições: a da construção coletiva de um projeto para implantação do pagamento por serviços ambientais não só na Bacia do João Leite, mas em todo o Estado de Goiás, em iniciativa que pode ser pioneira e se antecipar à discussão nacional sobre o assunto.

Na sequência da apresentação do MP, o presidente da AGR, Wanderlino Teixeira, mostrou o anteprojeto de lei elaborado pelo órgão criando as condições para implantação do pagamento por serviços ambientais e prevendo também as responsabilidades pela proteção dos mananciais e da qualidade da água para abastecimento no Estado de Goiás. Depois das manifestações dos participantes, que revelaram uma ampla adesão à proposta do MP, o procurador-geral de Justiça concluiu a reunião com o convite para a participação de todos no seminário sobre o projeto produtor de água, que está agendado para o próximo dia 25, em que vários aspectos da proposta serão analisados de forma mais aprofundada.

O seminário será realizado no auditório do MP e marcará o lançamento oficial do projeto produtor de água. A partir deste evento, será formado um grupo de trabalho com representantes de cada órgão para debater e formatar uma proposta coletiva para concretização do pagamento por serviços ambientais.

Além dos representantes dos órgãos públicos, participaram da reunião alguns promotores de justiça das comarcas que integram a Bacia do João Leite – Marta Moriya Loyola, Maurício Nardini e Gerusa Fávero Girardelli, de Goiânia; Elaini Cristina Trevisan, de Nerópolis; e Patrícia Almeida Galvão, de Anápolis. Do MP, estiveram presentes também o assessor administrativo Juliano de Barros Araújo, titular de uma das promotorias ambientais da capital, e o promotor Vinícius Marçal Vieira, que auxilia no CAO do Meio Ambiente. (Ana Cristina Arruda/Assessoria de Comunicação Social)

29 de março de 2009

Novo Encanto examina danos ambientais na APA do Ribeirão João Leite

Wagner Araújo, Genis Garcia Pereira Junior e Luiz Duarte

O presidente da Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico, Genis Garcia Pereira Junior, esteve em Goiânia no dia 29/03, participando de reunião do CONACE (Conselho da Administração Central, da 8ª Região), realizado no Núcleo Mestre Manoel Nogueira (NMMN). Na ocasião o presidente da Novo Encanto conversou com o diriginte do NMMN, Wagner Araújo e com o Monitor da Novo Encanto, Luiz Duarte, a respeito das condições ambientais da APA do Ribeirão João Leite, área onde está situada esta unidade da UDV.

O objetivo da reunião da Novo Encanto foi o de fazer um exame preliminar das atividades desenvolvidas na pedreira explorada por empresa mineradora, situada na zona rural de Goianápolis e também na APA do João Leite, e os impactos ambientais já constatados em relatórios e inspeções. Causa preocupação o processo de assoreamento verificado nos córregos e riachos da região, o que poderá afetar o lago que está sendo formado na área, para o abastecimento da população de Goiânia e cidades vizinhas.

O presidente da Novo Encanto compartilhou com as preocupações demostradas e sugeriu que a entidade participe de uma mobilização juntamente com outras entidades ambientais, com a população local, bem como com órgãos públicos, no sentido de encontrar uma solução para interromper o processo de poluição que vem sendo causado pela indústria mineradora. Genis Garcia Pereira Junior colocou a diretoria nacional da entidade à disposição para buscar a melhor solução para o problema ambiental.

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22 de março de 2009

PALESTRAS COMEMORAM O DIA MUNDIAL DA ÁGUA

O ecologista Everaldo Pastore e Wagner Araújo

Comemorando o Dia Mundial da Água a Novo Encanto promoveu, no dia 21/3, a realização de duas palestras do Núcleo Mestre Manoel Nogueira. No primeiro encontro o ecologista Everaldo Pastore falou da Bacia do Ribeirão João Leite, região em que está localizado o Núcleo Mestre Manoel Nogueira e onde está também o Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco e a barragem do lago que vai abastecer Goiânia e que será formado ainda este ano.

Pastore disse da importância do lago para o abastecimento de Goiânia e ressaltou a responsabilidade de todos para a preservação desta região. Segundo o ecologista, existem interesses imobiliarios que podem comprometer seriamente a qualidade da água desta Bacia, região que preserva os últimos vestígios da Mata Atlântica na região do Centro Oeste Brasileiro.

ALIMENTAÇÃO ORGÂNICA

O agronômo Adib Franciso, da ADAO-GO

Em outra palestra, realizada na mesma data, o agrônomo Adib Francisco Pereira, da Associação para o Desenvovimento da Agricultura Orgânica ( ADAO-GO), falou sobre alimentação orgânica, mostrando a sua importância para a saúde e ao mesmo tempo indicando os males causados por uma alimentação industrial, desequilibrada. Discorreu a respeito do movimento em prol da alimentação orgânica em Goiás, principalmente em Goiânia, onde atualmente cinco produtores e algumas feiras viabilizam o consumo de alimentos orgânicos.

Feiras e cestas

As pessoas interessadas em adquirir produtos orgânicos podem encomendar cestas junto à ADAO-GO, através do email adao_go@hotmail.com, ou comprar nas "feirinhas" espalhadas por diversos pontos da cidade. Veja os locais e horários de funcionamento:

- Feira Agroecológica
Mercado Municipal da Rua 74, 329 - Centro
Sábado, das 7h30 às 11h. Fone 3524 1111

- Feira da Adufg
Associação dos Docentes da UFG (Adufg), 9ª Avenida, 193 - Vila nova.
Terça-feira, das 16 às 19 hs. Fone 3202 1280

- Cerrado Alimentos Orgânicos
Rua 15, n° 461 - Centro.
Terças e Quintas-feiras, das 16 às 19 hs. Fone 3213 4388

- Feira na Johrei Center
Rua 87, 341 - Marista.
Quintas-feiras, das 17h às 20h. Fone 3241 3532

- Shopping Cidade Jardim
Av N. Macedo Q 49 - Cidade Jardim
Sábado, das 8 às 14. Terça, das 8 à 13hs. Fone 3576 3606

- Alimentos Naturais/Estação do Açaí
Rua 4, 124 - Centro
Segundas e quintas-feiras, das 16 às 19hs. Fone 3229 1219

- Feira no Restaurante Panela Mágica
rua 04, 394 - Setor Oeste
Todo segundo domingo do mês, das 9 às 16 horas. Fone 3223 6604

- Feira no Restaurante Arroz Integral
rua 93, 326 - Setor Sul
Sexta-feira, das 16 às 19 hs. Fone 3624 6378

- Feira na Escola Interamérica
rua T 30, n° 2455 - Setor Bueno. De segunda à sexta-feira, de 11:30 às 12:30 e das 17:30 às 18:30. Fone 3526 8500

- Feira na Padaria Mega Pão
rua C-149, esquina com a C-220, Jardim América.
Quarta-feira, das 06:00 às 11:00.

15 de fevereiro de 2009

Serviços Ambientais - Programa "Produtor de Água" na Bacia do João Leite

Barragem do Ribeirão João Leite

Promotores de Justiça das comarcas pertencentes à bacia do Ribeirão João Leite participaram, no dia 13/02/09, de palestra ministrada pelo Gerente de Conservação de Água e Solo da Agência Nacional de Águas (ANA), Devanir Garcia dos Santos. Durante o encontro, foi apresentado o Programa Produtor de Água, desenvolvido por aquela agência com o objetivo de articular e fomentar iniciativas de proteção dos mananciais de abastecimento. Técnicos ambientais doMP, que estão envolvidos no projeto João Leite, também acompanharam a exposição.


A proposta do programa desenvolvido pela ANA baseia-se no princípio de que é necessário remunerar os diversos agentes que prestam serviços ambientais à sociedade. No caso dos mananciais de abastecimento, esse grupo é composto, sobretudo, por proprietários rurais. "A nossa legislação é muito boa, mas infelizmente, delimita apenas as obrigações. O proprietário, neste caso, vê a preservação do meio ambiente apenas como algo que atrapalha sua atividade econômica", explicou Devanir.


A ANA propõe, ainda segundo o palestrante, a preservação de matas ciliares e outras ações de conservação sejam vistas como um serviço ambiental prestado pelo produtor rural. "Ora, esse proprietário, ao recuperar e conservar as matas ciliares, está prestando um serviço fundamental a toda a sociedade", defende Devanir. Assim, o Programa Produtor de Água prevê a elaboração de projetos individuais para cada propriedade pertencente à bacia, com delimitação de atividades a serem desenvolvidas de modo a beneficiar o manancial e, consequentemente, a qualidade da água captada para abastecimento.


Os projetos têm prazo de execução de 5 anos. Nesse período, o proprietário implementa as ações propostas e, a partir da constataçãodo cumprimento das metas previstas no contrato, começa a receber remuneração proporcional à área preservada. "É necessário enfatizar a idéia de que os maiores interessados na qualidade da água, ou seja, os usuários do sistema de abastecimento, devem ser inseridos noprocesso de preservação do recurso hídrico, contribuindo na remuneração dos proprietários rurais, por exemplo", argumentaDevanir.


Ao expor a experiência desenvolvida atualmente em três sub-bacias do sistema Cantareira, em São Paulo, ele exemplificou como o custo parao usuário é pequeno se comparado aos benefícios obtidos: se o programa remunerasse todos os proprietários rurais da região e dividisse o custo entre os usuários do sistema de abastecimento, isso resultaria num acréscimo de apenas R$ 0,38 em cada conta de água por mês.O palestrante veio ao MP a convite dos promotores de Justiça das comarcas localizadas na bacia do João Leite.


Segundo a promotora Marta Moryia Loyola, a Saneago tem demonstrado interesse em desenvolver iniciativa semelhante na região do manancial. "A parceria da ANA será fundamental para a implementação desse programa aqui na bacia do João Leite", ressalta. - Fonte: www.mp.go.gov.br

13 de fevereiro de 2009

PROJETO TURÍSTICO AMEAÇA PARQUE ECOLÓGICO E APA DO JOÃO LEITE


Amigos, a situação é a seguinte:

Existem duas áreas de preservação ambiental e mais o reservatório que vai assegurar o abastecimento de água de Goiânia e cidades de vizinhas, que estão seriamente ameaçados por um gigantesco projeto turístico-imobiliário, denominado "Goiânia do Terceiro Milênio". As áreas de preservação a que estou me referindo são o Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco, a Bacia do Ribeirão João Leite e a Barragem do Ribeirão João Leite.

ÁREAS AMEAÇADAS

O Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco foi criado em 1992, em uma área de aproximadamente 800 alqueires. Está situado a 22 quilômetros de Goiânia, cortado pela rodovia BR 060/153, que liga Goiânia a Brasília. Abrange parte dos municípios de Goianápolis, Goiânia, Nerópolis e Terezópolis de Goiás e é banhado pelo ribeirão João Leite. É considerado como uma "Unidade de Conservação Integral".

Já a Bacia do Ribeirão João Leite é toda a região que vem margeando o ribeirão João Leite, localizado entre Anápolis e Goiânia. Em 2002 foi criada a "Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Ribeirão João Leite", mais conhecida como "APA do João Leite", com o objetivo de promover o desenvolvimento sócioambiental sustentável da região. Os sete Municípios da Bacia do Ribeirão João Leite são: Ouro Verde, Campo Limpo, Anápolis, Goianápolis, Teresópolis, Nerópolis e Goiânia.

O terceiro equipamento ecológico é a Barragem do Ribeirão João Leite, obra projetada para garantir o abastecimento de água à população de Goiânia até 2025, está praticamente pronta. Com 50 metros de altura, equivalente a de um edifício de 20 andares, a grande barragem de concreto está localizada em meio à vegetação do Morro do Bálsamo, nas imediações do Jardim Guanabara. A Barragem e principalmente o lago que será formado ainda este ano, ocupa parte do Parque e certamente vai causar algum dano ao meio ambiente. Mas, de outra parte, vai garantir o abastecimento de água de Goiânia e cidades vizinhas, o que também é importante.

GOIÂNIA DO TERCEIRO MILÊNIO

Estas três áreas de proteção, essenciais para o equilíbrio ecológico desta nossa região, estão seriamente ameaçados pelo projeto conhecido como "Goiânia do Terceiro Milênio", ou "Disneylândia do Cerrado", que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Turismo de Goiânia, com o apoio da Associação Comercial.

Este projeto prevê, - segundo matéria publicada no Jornal Opção (12/07) - a construção na área da Bacia do João Leite, em torno do lago, de diversos equipamentos, quase todos dimensionados para um público de porte nacional: hotéis, mirantes, teleféricos, marinas, parques de diversão, museus, centros comerciais, condomínios residenciais, centros poliesportivos, pistas e trilhas para passeios a pé, de bicicleta e a cavalo, além de áreas para o Parque Agropecuário de Goiânia e o Jardim Zoológico.

Segundo o jornal, "a grandiosidade remete a uma espécie de Disneylândia do cerrado". Este projeto está em andamento e, na minha opinião, representa um sério risco para o Parque Ecológico, para a APA do João Leite e para o reservatório de água de Goiânia.

REAÇÃO

Penso que a população de Goiânia não está bem informada a respeito deste projeto, mas já existem algumas manifestações contrárias. Cito, por exemplo, a manifestação do Ministério Público de Goiás, em artigo assinado pela Promotora Marta Moriya Loyola ("Preservar o João Leite", O Popular, 27/12/08); artigo do jornalista Washington Novaes ("Ainda nas águas do João Leite", O Popular – 29/01/2009) e a manifestação do engenheiro Mário Cezar Guerino, presidente da Associação dos Engenheiros da Saneago ("A quem interessa o reservatório João Leite", Diário da Manhã – 30/01/2009).