Por Márcio Fernandes, no jornal HOJE (24/02/2010)
O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Severino de Carvalho, vai requisitar da empresa estatal Saneamento de Goiás S.A. a construção imediata do alambrado destinado a proteger o reservatório da Barragem do Ribeirão Leite. De acordo com o delegado, a cerca deve ser posicionada a 200 metros do que será a quota máxima da lâmina d'água e deve cobrir um perímetro envolvendo 4.152,62 hectares. “A obra é imprescindível para proteger o reservatório e dissuadir as autoridades e a sociedade de qualquer tentativa de uso múltiplo do local, a exemplo de finalidades recreativas de balneário, navegação e pesca.”
O delegado também vai requerer da Saneago um plano de proteção do reservatório em relação ao transporte de cargas perigosas contendo combustíveis e produtos corrosivos na BR-060, uma vez que a lâmina d'água penetra em quatro pontos da autopista que liga Goiânia à Anápolis. Luziano Severino de Carvalho já instaurou 50 Inquéritos Policiais para investigar danos ambientais na sub-bacia do Ribeirão João Leite referentes a desmatamento ilegal de nascentes, contaminação do manancial por agrotóxicos, esgoto orgânico e resíduos derivados de lixões.
O delegado advertiu ainda que a “Dema vai estar também atenta para evitar que as áreas vizinhas do reservatório sejam objeto fácil da ganância da especulação imobiliária a fim de evitar qualquer impacto de adensamento urbano na área”. A assessoria de imprensa da Saneago informou que uma parte pequena do alambrado está pronta e que a estatal já concluiu o processo licitatório para completar a obra. De acordo com as informações da Assessoria, o início dos trabalhos está condicionado à assinatura do contrato, o que deve ocorrer nos próximos dias. “Não existe atraso na execução da cerca”, salientou Bruno Rocha.
A assessoria informou ainda que o alambrado será construído conforme “os critérios ambientais do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um dos financiadores da Barragem do João Leite. Sobre o plano de monitoramento do transporte de cargas perigosas, o assessor informou que a iniciativa, a exemplo da cerca, faz parte de um conjunto de 34 medidas ambientais previstas para a proteção do reservatório e que também se encontra em fase de contratação.
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24 de fevereiro de 2010
3 de maio de 2009
Jornalista Washington Novaes faz palestra em Anápolis

O jornalista Washington Novaes participa, nesta terça feira, dia 5/5, da IV Jornada Jurídica da Faculdade Raízes, em Anápolis. O jornalista profere palestra com o tema "Meio Ambiente, Desenvolvimento e Soberania", devendo falar a respeito da preservação da Amazônia Brasileira e tambem sobre os males causados pelo consumismo que atinge a sociedade moderna.
Outro tema a ser desenvolvido por Novaes está relacionado com a Bacia do Ribeirão João Leite, localizada entre Anápolis e Goiânia e que abriga dois grandes patrimônios ecológicos: o Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco e o reservatório de água que abastece Goiânia, construido pela Saneago. Este patrimônio ecológico está ameaçado por interesses empresariais, que pretendem ocupar o local com equipamentos turísticos, como hotéis, parques temáticos e outros. Leia mais.
Outro tema a ser desenvolvido por Novaes está relacionado com a Bacia do Ribeirão João Leite, localizada entre Anápolis e Goiânia e que abriga dois grandes patrimônios ecológicos: o Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco e o reservatório de água que abastece Goiânia, construido pela Saneago. Este patrimônio ecológico está ameaçado por interesses empresariais, que pretendem ocupar o local com equipamentos turísticos, como hotéis, parques temáticos e outros. Leia mais.
13 de fevereiro de 2009
PROJETO TURÍSTICO AMEAÇA PARQUE ECOLÓGICO E APA DO JOÃO LEITE

Amigos, a situação é a seguinte:
Existem duas áreas de preservação ambiental e mais o reservatório que vai assegurar o abastecimento de água de Goiânia e cidades de vizinhas, que estão seriamente ameaçados por um gigantesco projeto turístico-imobiliário, denominado "Goiânia do Terceiro Milênio". As áreas de preservação a que estou me referindo são o Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco, a Bacia do Ribeirão João Leite e a Barragem do Ribeirão João Leite.
ÁREAS AMEAÇADAS
O Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco foi criado em 1992, em uma área de aproximadamente 800 alqueires. Está situado a 22 quilômetros de Goiânia, cortado pela rodovia BR 060/153, que liga Goiânia a Brasília. Abrange parte dos municípios de Goianápolis, Goiânia, Nerópolis e Terezópolis de Goiás e é banhado pelo ribeirão João Leite. É considerado como uma "Unidade de Conservação Integral".
Já a Bacia do Ribeirão João Leite é toda a região que vem margeando o ribeirão João Leite, localizado entre Anápolis e Goiânia. Em 2002 foi criada a "Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Ribeirão João Leite", mais conhecida como "APA do João Leite", com o objetivo de promover o desenvolvimento sócioambiental sustentável da região. Os sete Municípios da Bacia do Ribeirão João Leite são: Ouro Verde, Campo Limpo, Anápolis, Goianápolis, Teresópolis, Nerópolis e Goiânia.
O terceiro equipamento ecológico é a Barragem do Ribeirão João Leite, obra projetada para garantir o abastecimento de água à população de Goiânia até 2025, está praticamente pronta. Com 50 metros de altura, equivalente a de um edifício de 20 andares, a grande barragem de concreto está localizada em meio à vegetação do Morro do Bálsamo, nas imediações do Jardim Guanabara. A Barragem e principalmente o lago que será formado ainda este ano, ocupa parte do Parque e certamente vai causar algum dano ao meio ambiente. Mas, de outra parte, vai garantir o abastecimento de água de Goiânia e cidades vizinhas, o que também é importante.
GOIÂNIA DO TERCEIRO MILÊNIO
Estas três áreas de proteção, essenciais para o equilíbrio ecológico desta nossa região, estão seriamente ameaçados pelo projeto conhecido como "Goiânia do Terceiro Milênio", ou "Disneylândia do Cerrado", que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Turismo de Goiânia, com o apoio da Associação Comercial.
Este projeto prevê, - segundo matéria publicada no Jornal Opção (12/07) - a construção na área da Bacia do João Leite, em torno do lago, de diversos equipamentos, quase todos dimensionados para um público de porte nacional: hotéis, mirantes, teleféricos, marinas, parques de diversão, museus, centros comerciais, condomínios residenciais, centros poliesportivos, pistas e trilhas para passeios a pé, de bicicleta e a cavalo, além de áreas para o Parque Agropecuário de Goiânia e o Jardim Zoológico.
Segundo o jornal, "a grandiosidade remete a uma espécie de Disneylândia do cerrado". Este projeto está em andamento e, na minha opinião, representa um sério risco para o Parque Ecológico, para a APA do João Leite e para o reservatório de água de Goiânia.
REAÇÃO
Penso que a população de Goiânia não está bem informada a respeito deste projeto, mas já existem algumas manifestações contrárias. Cito, por exemplo, a manifestação do Ministério Público de Goiás, em artigo assinado pela Promotora Marta Moriya Loyola ("Preservar o João Leite", O Popular, 27/12/08); artigo do jornalista Washington Novaes ("Ainda nas águas do João Leite", O Popular – 29/01/2009) e a manifestação do engenheiro Mário Cezar Guerino, presidente da Associação dos Engenheiros da Saneago ("A quem interessa o reservatório João Leite", Diário da Manhã – 30/01/2009).
OLHA A ONÇA!

A onça pintada que você está vendo foi fotografada no Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco, localizado entre Goiânia e Brasília. É meus amigos... lá têm onça!
A foto está no Inventário Faunístico realizado pela Secretaria do Meio Ambiente de Goiás, em um trabalho coordenado pelo biólogo Nelson Jorge da Silva Júnior e que traz um levantamento de toda a fauna e flora ainda existente no Parque Ecológico.
Além da onça, a pesquisa registrou a presença de outros animais, como cachorro do mato, cateto, quati, cutia, gambá, gato do mato, irara, jaratataca, macaco prego, mão pelada, onça-parda, ouriço, preá, tamanduá mirim, tapiti, tatu e veado. Moradores do local registram ainda a presença de suçuaranas e lobos-guará, araras, corujas, gaviões, várias espécies de cobras, lagartos e invertebrados.
De acordo com a pesquisa, a vegetação do Parque ainda apresenta grande variedade de espécies de alto valor econômico como a aroeira, peroba, angico-monjolo, jatobá, cedro, jequitibá, além de outras espécies como ipês, barriguda, guatambu e angico, que há algumas décadas atrás, recobriam a maior parte da região central do Estado, estabelecendo ligação com a Floresta Atlântica através do Rio Paranaíba.
O Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco foi criado pela Lei 11.878, de 30 de dezembro de 1992, em uma área de aproximadamente 800 alqueires. Está situado a 22 quilômetros de Goiânia, cortado pela rodovia BR 060/153, que liga Goiânia a Brasília. Abrange parte dos municípios de Goianápolis, Goiânia, Nerópolis e Terezópolis de Goiás e é banhado pelo ribeirão João Leite, afluente do rio Meia Ponte, formadores da bacia do Paranaíba.
É um patrimônio ecológico que precisa ser conhecido e preservado!
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