22 de março de 2010

Comemore o Dia Mundial da Água


Dia 22 de março é a data escolhida pela Organização das Nações Unidas para celebrar o Dia Mundial da Água. Em relação a outros países, o Brasil pode ser considerado privilegiado em relação a esse recurso. O país conta com cerca de 12% da concentração mundial de água doce.

O Dia Mundial da Água foi oficialmente instituído pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas em 1993 com o objetivo de estimular governos e empresas de todo o mundo a promover ações que ampliem o uso consciente e responsável dos recursos hídricos. O tema da campanha deste ano é "Água limpa para um mundo mais saudável".


No entanto, a escassez de água é uma ameaça para o mundo todo. Para se ter uma ideia, a partir de 1950 o consumo triplicou no planeta. E o consumo médio de água, por habitante, foi ampliado em cerca de 50%. Para piorar o cenário, para cada 1.000 litros de água utilizada pelo homem, há 10.000 litros de água poluída, segundo a ONU.

É um motivo e tanto para se preocupar, uma vez que há 2.000 anos a população mundial correspondia a 3% da atual, enquanto o volume de água permanece o mesmo. Para o futuro, estima-se que nos próximos 20 anos o homem vai usar 40% a mais de água do que usa agora.

Conheça outros fatos interessantes sobre a água

- Graças à água é que surgiu a primeira forma de vida do planeta há milhões de anos; dela o processo evolutivo caminhou até formar nossa espécie e continua a manter toda a diversidade que conhecemos.

- O homem pode passar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem água.

- Três quartos da superfície do nosso mundo são cobertos por água, sendo 97% salgada, e apenas 3% doce. Contudo, do percentual total da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras, parte é gasosa e parte é líquida - representada pelas fontes subterrâneas e superficiais. Já os rios e lagos, que são nossas principais formas de abastecimento, correspondem a apenas 0,01% desse percentual, aproximadamente.

- No Brasil, mais de 90% dos esgotos domésticos e cerca de 70% dos efluentes industriais não tratados são lançados nos corpos d'água.

- De toda a água que se retira de mananciais para abastecer as capitais brasileiras, quase a metade (45%) se perde antes de chegar às casas e atender à população. A principal causa são os vazamentos na rede.

- Mais de 1 bilhão de pessoas sofrem com a falta de água para consumo.

- Mais da metade da população mundial - cerca de três bilhões de pessoas - sofrerá escassez de água em 2025, segundo a Unesco.

- O gotejamento de uma torneira chega a um desperdício de 46 litros por dia. Isto é, 1.380 litros por mês. Ou seja, mais de um metro cúbico por mês - O que significa uma conta mais alta. Um filete de mais ou menos 2 milímetros totaliza 4.140 litros num mês. E um filete de 4 milímetros, 13.260 litros por mês de desperdício.

- Um buraco de 2 milímetros no encanamento pode causar um desperdício de 3.200 litros por dia, isto é, mais de três caixas d'água.

- Os países com maior quantidade de água per capita são: Guiana Francesa, Islândia, Guiana, Suriname, Congo, Papua Nova Guiné, Gabão, Ilhas Salomão, Canadá e Nova Zelândia

- Os países com menos água per capita são: Kuait, Emirados Árabes Unidos, Bahamas, Qatar, Maldivas, Líbia, Arábia Saudita, Malta, Cingapura e Jordânia

Fonte: Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Snis (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) e ONU (Organização das Nações Unidas)



17 de março de 2010

Edson Lodi lança em Goiânia o livro "Relicário - Imagens do Sertão"

Rodovia ameaça reservatório da Barragem do João Leite


ONG afirma que acidente na BR-153 pode interferir na qualidade da água consumida pelos goianos, e pede retirada da rodovia do local. Saneago afirma que está preparada para qualquer eventualidade

Welliton Carlos – Diário da Manhã - 15 de Março de 2010

A BR-153 que escoa o trânsito de Goiânia para Aparecida de Goiânia e localidades distantes é motivo de preocupação para um grupo de ambientalistas. Eles querem mudar o traçado da rodovia para outro lugar e impedir que uma catástrofe ocorra nas imediações da Barragem João Leite, reservatório próximo da BR-153. “A qualidade da água que bebemos corre sérios riscos”, diz Uarian Ferreira, advogado ambientalista e superintendente da Amarbrasil (Associação Nacional para a Defesa da Cidadania, Meio Ambiente e Democracia), ONG que protocolou ação na Justiça Federal contra a Saneago, Valec, Prefeitura de Goiânia, Governo do Estado e União. A ação civil questiona ainda a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) quanto ao descaso com a segurança entre os quilômetros 6 e 35 da BR-153.

Rui Pacheco, assessor de comunicação da Saneago, afirma que a empresa já realizou estudos sobre o tráfego de carros na área e as consequências de um acidente. “Temos mecanismos de defesa e estudos de prevenção se uma eventualidade dessas acontecer.”

A Saneago não acredita que possa ocorrer, mas garante que nenhum acidente prejudicará a população. Mário João de Souza, diretor de engenharia da empresa, afirma que a administração de estradas e da ferrovia Norte-Sul não são de competência da Saneago. “Desta feita, a atuação da Saneago é limitada ao escopo de seus empreendimentos, fato este que a desabilita a propor ações e/ou impor medidas que interfiram na jurisdição de outros órgãos públicos”, diz o engenheiro , em documento enviado para a ONG.

Ambientalistas e técnicos consultados pelo Diário da Manhã, porém, reafirmam que a hipótese de acidente não é absurda e cobram da empresa que apresente mecanismos de defesa. “A questão é simples: a BR-153 é a grande rodovia de Goiás. É ela que cruza Goiânia. E também passam por ela todas as principais cargas que se deslocam pelo Estado. Evidentemente circulam inúmeros veículos com toneladas de material tóxico por dia. Logo, o pensamento lógico leva a crer que tudo pode acontecer. Inclusive um acidente de grandes proporções. E se ocorrer?”, diz Goiano Sidney, da ONG Ecocerrado. “Do ponto de vista ambiental, existe a ameaça de um desastre mais catastrófico do que o césio 137”, comenta Antônio Vieira, gestor ambiental.